“Uma objeção incrivelmente estúpida contra a cura…”

As Obras de Vincent Cheung
5 min readJan 11, 2021

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Esta é realmente uma objeção incrivelmente estúpida contra a cura bíblica, embora todas as objeções contra a cura sejam estúpidas, e todos os críticos contra a cura sejam estúpidos — e em profundo pecado e incredulidade. Por alguma razão, eu não me deparo com esta objeção com frequência, mas ouvi falar sobre ela de várias pessoas. Com leves variações, a objeção diz: “Se Deus sempre cura, então como poderíamos morrer?”. Às vezes, gastamos uma boa quantidade de tempo ensinando sobre o que a palavra de Deus diz sobre a cura. Ela diz que o próprio nome de Deus é cura ou curador (Êxodo 15:26), que, pela sua própria natureza, Deus é aquele que perdoa todas as nossas iniquidades e cura todas as nossas doenças (Salmo 103:3), que Jesus tomou nossas enfermidades e levou nossas doenças (Mateus 8:17), que a oração da fé salvará ou curará os doentes, e o Senhor o levantará (Tiago 5:15). Depois de tudo isso e muito mais, sem refutar cada princípio bíblico ou passagem — como se não tivéssemos dito nada além de fazer uma afirmação sobre a cura — a pessoa, com sarcasmo, pergunta: “Mas então, como vamos morrer?”.

Na morte, o espírito deixa o corpo e volta a Deus (Eclesiastes 12:7). Isso pode acontecer de várias maneiras. Você pode ser uma vítima e deixar a doença humilhar o filho de Deus e consumir sua carne até que ela se torne inabitável, forçando o seu espírito a sair. Você pode ser um mártir e ter sua cabeça decapitada por causa de Cristo e libertar seu espírito para retornar a Deus — para a recepção heroica. Há outra forma. Você pode ser um cristão comum que conhece seus direitos em Cristo e tem fé em Deus para manter sua saúde e juventude, de modo que, quando chega a hora de morrer, você simplesmente “adormece” em Cristo e libera seu espírito de volta a Deus. Muitas pessoas que tinham fé no poder de cura de Deus morreram assim, e os médicos não encontraram nenhum problema com elas.

A noção de que a doença é a única maneira de morrer é o tipo de pensamento corrompido e patético do qual os cristãos deveriam ter sido redimidos — há muitos séculos. Essa pessoa que o desafiou provavelmente pensou que fez uma réplica inteligente. Mas a queixa dele era contra o próprio Deus: “Deus, você fez estas promessas de cura que não deixam espaço para a doença e não há lugar para dúvidas, mas se você sempre mantém suas promessas — se você nunca é um mentiroso — então como vamos morrer? Até mesmo Paulo disse que morrer é lucro, você sabe disso”. Não foi você quem inventou a ideia de que a palavra de Deus é a vontade de Deus, e que a palavra de Deus ensina a cura. Isso é o evangelho. Assim, ele tentou impor um dilema lógico contra o próprio evangelho. Quando fez isso, ele se tornou anticristo. Qualquer argumento contra o evangelho da fé é sempre autocondenatório. Em qualquer caso, essa pessoa não tem nada para se preocupar. Porque rejeita o evangelho da cura, ele morrerá da maneira que acha que é certo — pela doença. Com tal incredulidade em relação ao evangelho, deixe-me assegurar a ele que ele nunca será preso neste mundo com muita saúde. Ele vai morrer muito bem. A carne dele vai apodrecer da maneira que ele espera.

Por falar nisso, essa pessoa mencionou que Paulo disse “o morrer é lucro”. O que Paulo realmente disse? Vá conferir. Ele escreveu: “Para mim o viver é Cristo e o morrer é lucro. Caso continue vivendo no corpo, terei fruto do meu trabalho. E já não sei o que escolher! Estou pressionado dos dois lados: desejo partir e estar com Cristo, o que é muito melhor”. Espere um minuto. Ele disse que poderia escolher? Ele parecia indeciso enquanto escrevia o versículo. Foi uma escolha difícil, porque ele queria partir para o seu próprio bem, mas queria permanecer para o benefício das pessoas. Então ele escolheu ficar! Ele decidiu não morrer! “Contudo, é mais necessário, por causa de vocês, que eu permaneça no corpo. Convencido disso, sei que vou permanecer e continuar com todos vocês”. Não é hilário? Cara, seu amigo realmente entrou num lenga-lenga profundo aqui, não foi? Note que, para alguém como Paulo, viver é Cristo e morrer é o seu lucro, mas a perda de todos. É uma escolha difícil. Mas para alguém como o seu amigo, viver é anticristo e morrer é o benefício de todos. O mundo inteiro fica melhor quando este monte de esterco antievangélico incrédulo morre. Agora sim a escolha não é tão difícil. Leia o texto antes de usá-lo.

Oh! Como eu quero permanecer nas palavras “o viver é Cristo”! Mas os cristãos — que desgraça — desejam se focar na doença e na morte.

Quando ministramos àqueles com doença terminal, e que sofreram por tanto tempo ou que estão tão cansados ​​que querem morrer, podemos pedir-lhes que primeiro recebam a cura para deixar um bom testemunho de Deus e depois morram sem doença, se desejarem. Às vezes eles estão dispostos, e nós construímos a fé deles pela palavra de Deus e então oramos por eles. Depois que eles estão completamente curados da doença terminal e os médicos confirmaram sua recuperação, alguns decidiram viver por um número de anos antes de morrerem sem doença. Eles simplesmente morreriam ou adormeceriam e não acordariam, tudo sem doença ou sofrimento. Alguns saberiam horas ou semanas antes do tempo, e reuniriam suas famílias para se despedir deles, depois morreriam louvando a Deus, às vezes vendo a glória e descrevendo a visão enquanto partissem. Mas alguns decidiriam morrer mesmo assim e partir logo após serem curados, às vezes até antes de saírem do hospital. Se necessário, outro cristão poderia impor as mãos em tal pessoa e liberar o espírito em nome de Jesus, e a pessoa morreria em paz dentro de pouco tempo.

Do: e-mail

Vincent Cheung. “An incredibly stupid objection against healing…” Disponível em Fulcrum (2017), pp. 110–111. Tradução: Luan Tavares (29/11/2019).

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Written by As Obras de Vincent Cheung

Vincent Cheung é um pregador e escritor cristão. Ele e sua esposa moram nos Estados Unidos. “Tudo é possível ao que crê.” (Marcos 9:23)

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