Onde está a Refutação?

Vincent Cheung, Captive to Reason (2009).

Este crítico atacou sua posição sobre sensação, mas acho que algumas das coisas que ele disse já foram respondidas por você em seus artigos. Não tenho certeza se ele os leu.

Minhas publicações existentes constituem uma resposta definitiva a todas as críticas encontradas em qualquer lugar escritas por qualquer pessoa sobre este assunto. Estou confiante de que eles são precisos e irrefutáveis, e não há pressão para escrever novos materiais em resposta às críticas. As pessoas podem escrever todo tipo de coisa contra qualquer coisa, mas nem toda tentativa de refutação é logicamente correta ou bem-sucedida.

Muitas pessoas são afetadas pelas coisas mais recentes que leem e, portanto, quando leem meus escritos, são influenciadas por eles, mas quando leem uma tentativa de refutação, mudam e pensam que estou errado. Então, eu ofereço minha resposta e elas parecem se convencer novamente. Assim, elas são jogadas para frente e para trás entre posições diferentes e nunca alcançam estabilidade intelectual.

Há pelo menos duas razões para este problema.

Primeira, minha posição é amplamente rejeitada, e só consigo convencer qualquer pessoa pela força bíblica e racional de meus argumentos. Por outro lado, a maioria das pessoas favorece alguma versão do empirismo, mesmo sem qualquer persuasão, e mesmo que sejam inicialmente despertadas de seu sono empírico por meus escritos, é fácil para elas serem levadas de volta ao empirismo mesmo pelos argumentos mais frágeis, até mesmo apenas uma pergunta retórica. Ou seja, eles se apegarão a qualquer desculpa para ficar com o que já preferem acreditar.

Segunda, muitos leitores deixam de aplicar padrões estritos de racionalidade quando examinam argumentos e refutações. Eles falham em lembrar que nem qualquer reclamação é uma refutação válida. Assim como qualquer argumento válido, uma refutação deve ter uma conclusão validamente deduzida de premissas verdadeiras e que contradiz a posição de seu oponente. Meus críticos não escreveram nada que corresponda a isso. Eles fornecem asserções, especulações, questões retóricas, mas nenhum argumento que raciocine de premissas verdadeiras para conclusões necessárias. Além disso, eles não escreveram nada que comprove o empirismo. Mesmo se eles me refutassem com sucesso, eles acabariam com nada mais do que ceticismo.

Vincent Cheung. Captive to Reason (2009), p. 33. Tradução: Luan Tavares (28/06/2021).

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