Mais do que Um Oleiro

As Obras de Vincent Cheung
13 min readOct 22, 2019

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“Se Deus determina tudo o que fazemos, de forma que não somos livres dele em nenhum sentido, então não somos nada mais do que robôs e fantoches”.

Essa é uma das objeções mais comuns contra o ensino da soberania divina. O calvinismo popular a responde atribuindo ao homem algum tipo de liberdade ou poder de “autodeterminação”, alegando que isso é de certa forma “compatível” com o controle de Deus sobre todas as coisas. Alguns calvinistas (por exemplo, A. A. Hodge, R. L. Dabney, etc.) respondem a objeção de uma forma que soa perigosamente próxima do teísmo aberto. Eles dizem que, visto que Deus conhece as disposições de suas criaturas, ele é capaz de “controlar” as decisões e ações delas manipulando as circunstâncias que as cercam, e assim, “induzindo-as” a “livremente” pensar e agir de formas que estejam de acordo com os planos de Deus.

Mas muitos desses calvinistas também percebem que essa explicação do controle de Deus sobre as decisões e ações dos homens é, de fato, logicamente incompatível com sua alegada crença na soberania de Deus. Assim, após algumas explicações e evasões iniciais, eles finalmente chamam-na de um “paradoxo” e um “mistério”. Poupariam tempo se simplesmente admitissem a autocontradição no princípio, e a chamassem de um “paradoxo” e um “mistério” desde o início. Assim todos poderiam ir mais cedo para casa.

Visto que eu rejeito o compatibilismo e a liberdade humana em qualquer sentido com relação a Deus, segue-se também que minha resposta à objeção é diferente. Pelo contrário, eu afirmo que Deus é soberano e o homem não é livre. Essa posição fornece a única resposta bíblica e racional, a qual também parece ser a resposta mais simples e mais ousada contra o desafio. E visto que eu já expliquei e defendi extensivamente o ensino bíblico da soberania divina em outros lugares,[1] eu não repetirei tudo novamente. O que se segue é uma aplicação do que eu já escrevi sobre a soberania divina à objeção acima.

A objeção é incompleta. Ela falha em especificar o que exatamente nos robôs e fantoches os faz relevantes. Por que seríamos semelhantes a robôs e fantoches se Deus de fato determina todos os nossos pensamentos e ações? Quais seriam as similaridades? Então, a declaração falha até mesmo em se tornar uma objeção real por negligenciar apontar o porquê seria um problema para nós sermos robôs e fantoches. Se fôssemos robôs e fantoches, isso significaria que o Cristianismo é falso? A objeção não explica. A responsabilidade moral seria minada se fôssemos robôs e fantoches? A objeção falha em provar ou até mesmo mencionar isso.

Nós não devemos permitir que nossos oponentes escapem fazendo objeções preguiçosas e incompletas. Eles assumem que entendem os assuntos e que as suas objeções são irrespondíveis, mas eles não são tão inteligentes quanto imaginam. Essa objeção foi neutralizada antes mesmo de começarmos a respondê-la. No entanto, abordaremos o assunto mesmo assim.

Primeiro, o fato de que Deus controla todos os nossos pensamentos e ações não nos torna robôs e fantoches, pois mesmo quando completamente controlados por Deus, os humanos são muito diferentes de robôs e fantoches. Os humanos têm mente — eles raciocinam, decidem, e se emocionam. De fato, visto que nossas identidades são preservadas mesmo quando a nossa alma se separa do nosso corpo, é mais correto dizer que os humanos são mentes que vivem em corpos.[2] Robôs e fantoches não são mentes, mas são objetos inteiramente físicos. Eles não têm pensamentos para serem controlados, mas somente partes e propriedades para serem manipuladas.

Alguns dos nossos pensamentos são ocasiões para eventos psicológicos. Não há relação inerente e necessária entre mente e corpo, mas é Deus quem diretamente controla ambos, usualmente correlacionando os dois. Isto é diferente de robôs e fantoches, visto que eles não têm nenhum pensamento. Os movimentos físicos deles não são ocasionados por seus próprios pensamentos, visto que eles não têm, mas pelos pensamentos daqueles que usam suas mãos e instrumentos para controlá-los. E, de fato, é Deus quem diretamente controla tudo — a mente humana, a relação entre a mente humana e corpo humano, o próprio corpo humano, e a relação entre o corpo humano e os instrumentos, os robôs e os fantoches. Na ocasião em que Deus age diretamente sobre um (por exemplo, quando ele faz com que a mente humana decida mover um dedo), ele também age diretamente sobre o outro (ele faz com que o dedo se mova).

A objeção não explica porque é um problema os humanos serem robôs e fantoches, e essa é uma razão pela qual a objeção fracassa mesmo antes de respondermos. Assim, estamos apontando as diferenças que os humanos e os robôs e fantoches, não porque a objeção nos compele, mas para mostrar que a objeção falha mesmo se fingirmos que faz sentido. É óbvio que, mesmo que os humanos sejam controlados por Deus, eles são diferentes de robôs e fantoches.

Segundo, embora algumas vezes implícito, a objeção falsamente faz da liberdade humana a base para a responsabilidade moral. As suposições são: (1) É necessário afirmar que os humanos são moralmente responsáveis; (2) A responsabilidade moral pressupõe a liberdade humana; e (3) Robôs e fantoches não são livres. Dada essas suposições, o objetor corretamente raciocina que, se Deus é absolutamente soberano, então os seres humanos não são livres. Então, ele assemelha esses humanos, que não são livres, aos robôs e fantoches, que também não são livres. Isso consequentemente significa que os humanos não são moralmente responsáveis se Deus controla todas as coisas, mas visto que é necessário afirmar que os humanos são moralmente responsáveis, isso significa que não podemos afirmar que Deus controla todas as coisas.

Primeiramente removeremos uma distração, que é a analogia desnecessária de humanos controlados com robôs e fantoches. Esse passo poderia ser pulado totalmente e a objeção ainda estaria intacta; de fato, ela ficaria mais clara sem a analogia. Em outras palavras, seria mais simples apenas dizer: “Se Deus controla todas as coisas, então os humanos não são livres. Mas visto que a responsabilidade moral pressupõe a liberdade humana, isso necessariamente significa que se Deus controla todas as coisas, então os humanos não são moralmente responsáveis. Mas então, visto que é necessário afirmar que os humanos são moralmente responsáveis, devemos, portanto, negar que Deus controla todas as coisas”.

A conclusão seria correta se todas as suposições fossem verdadeiras. Contudo, nem todas as suposições são corretas, e, portanto, a objeção se desmorona. O erro fatal é assumir que a responsabilidade moral pressupõe a liberdade humana. Essa premissa é explicitamente contradita pela Escritura, é ela nunca foi justificada na história da teologia e da filosofia. Ela está tão impregnada na maioria dos pensadores que até mesmos quando ameaçamos mencioná-la ou considerar possíveis formas de justificá-la, eles frequentemente apenas dizem que ela é intuitivamente conhecida e então continuam.

Contudo, a suposição é falsa. Por definição, “responsabilidade” refere-se a ter obrigação de prestas contas. Em outras palavras, alguém ser moralmente responsável significa que ele está moralmente obrigado a alguma pessoa ou padrão. A questão que se a pessoa é livre ou não é irrelevante para a discussão. A única questão relevante é se alguém que tem autoridade sobre essa pessoa decidiu considerá-la obrigada a prestar contas. Visto que Deus governa sobre toda a humanidade, e ele decidiu julgar todos os homens, isso significa que cada pessoa é moralmente responsável, a despeito dela não serem livres. A liberdade humana não tem nenhum lugar lógico para entrar na discussão.

Deus poderia facilmente responsabilizar robôs e fantoches, não no sentido de que eles possam entender suas ações, mas no sentido de que Deus poderia recompensá-los ou puni-los, se quisesse. Jesus amaldiçoou a figueira até a morte por não dar frutos. A árvore não era livre, nem mesmo consciente, mas foi punida, e Jesus foi justificado ao fazer isso. Seja qual for o significado simbólico que o evento transmitiu,[3] a árvore não deu frutos, e Jesus a amaldiçoou por este motivo. Da mesma forma, se Deus quiser, ele poderia destruir um robô por mau funcionamento, e como ele é o único padrão de moralidade, ele seria justo por definição ao fazer isso. Ele não precisa pedir nossa permissão ou satisfazer nossas suposições tolas sobre a justiça. Ele é justiça.

Os seres humanos são moralmente responsáveis precisamente pela razão oposta assumida pela objeção — somos responsáveis porque Deus é soberano e nós não somos livres.

Terceiro, contrário ao seu intento, a objeção usa uma analogia que atribui muita liberdade aos humanos em relação a Deus. O objetor esperaria que o cristão explicasse como os humanos são mais livres do que robôs e fantoches, ou como os humanos têm liberdade genuína enquanto os robôs e fantoches não. Aqueles que afirmam o calvinismo popular também tentarão afirmar a soberania de Deus ao mesmo tempo. Isso satisfaz a expectação do objetor — expõe o fato de que a posição desses calvinistas é deveras incoerente e paradoxal, e que ela é afirmada por mera força, como até mesmos os principais teólogos calvinistas admitem.[4]

No entanto, se deixássemos de lado as falsas suposições usuais, confrontaríamos a objeção alegando o contrário. A objeção não pode se aplicar à doutrina bíblica da soberania divina, não porque sua analogia nega a liberdade ao homem, mas porque concede muito pouco controle a Deus. Deus tem infinitamente mais controle sobre nós do que temos sobre robôs e fantoches.

Quando se trata de robôs e fantoches, só podemos reorganizar e combinar materiais preexistentes para formar objetos cujos designs e funções são limitados por seus materiais, por nossa inteligência e criatividade e por nossa capacidade de mantê-los e manipulá-los.

Isso não é assim com Deus. Quer estejamos falando de robôs, fantoches, ou humanos, Deus é aquele que cria, sustenta, e controla os próprios materiais dos quais eles são feitos. Ele é aquele que concebe seus propósitos e funções, e até então ele não está limitado a esses, mas pode mudá-los a qualquer hora se ele assim desejar. Ele pode criar do nada (Gênesis 1:1), mudar água em vinho (João 2:9), tornar pedras em humanos (Mateus 3:9), e humanos em sal (Gênesis 19:26). Ele pode fazer com que qualquer objeto funcione de maneiras que sejam aparentemente além do propósito original, tal como fazer uma mula falar (Números 22:28, 30; 2 Pedro 2:16), e pedras clamarem e louvarem a ele (Lucas 19:40).

É um insulto abominável para a majestade e poder de Deus afirmar que ele não tem mais controle sobre nós do que temos sobre robôs e fantoches, ou que temos mais liberdade com relação a ele do que robôs e fantoches têm com relação a nós.[5] Certamente, humanos são maiores do que robôs e fantoches, mas Deus é infinitamente maior do que os humanos.

18 Portanto, Deus tem misericórdia de quem ele quer e endurece a quem ele quer. 19 Mas algum de vocês me dirá: “Então, por que Deus ainda nos culpa? Pois quem resiste à sua vontade?” 20 Mas quem é você, ó homem, para questionar a Deus? “Acaso aquilo que é formado pode dizer ao que o formou: ‘Por que me fizeste assim?’” 21 O oleiro não tem direito de fazer do mesmo barro um vaso para fins nobres e outro para uso desonroso? (Romanos 9:18–21)

Paulo se refere a uma objeção contra o controle total e direto de Deus dos corações humanos, incluindo seu poder para diretamente causar fé e incredulidade neles. A objeção assume que, se os humanos não podem resistir ao controle de Deus, então os humanos não deveriam ser culpados. Assim como muitos não cristãos, arminianos e calvinistas, ela adota a suposição antibíblica de que a responsabilidade pressupõe a liberdade. Nós já refutamos essa falsa premissa.

Essa outra objeção que eu tenho em mente, parecida com aquela sobre robôs e fantoches, ataca a analogia do versículo 21. Ela tem sido afirmada nos escritos de teólogos liberais que rejeitam a inspiração e inerrância da Escritura, e também com alguns cristãos professos. Isto é, eles identificam a objeção contra a soberania divina no versículo 19, e consideram a resposta de Paulo no versículo 21 como falaciosa. Paulo escreve: “O oleiro não tem direito de fazer do mesmo barro um vaso para fins nobres e outro para uso desonroso?”. Eles respondem: “Mas certamente nós somos mais do que barro e vaso!”.

Eles afirmam que a resposta de Paulo falha porque sua analogia é falsa. Ele compara humanos com barro e vaso, mas humanos são mais do que barro e vaso, e, portanto, a analogia não pode explicar como os homens são mantidos como culpados sob um Deus absolutamente soberano, um que pode diretamente agir sobre a mente para causar tanto o bem como o mal. O desafio é direcionado à própria Escritura. Em resposta, ofereceremos os seguintes pontos.

Primeiro, o ataque contra o versículo 21 negligencia o ponto de Paulo. Ele não reivindica que os homens são exatamente como barro e vaso de todas as formas, mas ele está lembrando seus leitores da relação entre a criatura e o Criador. No versículo 20, ele diz que a criatura não tem nenhum direito de “questionar”, e no versículo 21, ele diz que o Criador tem todo o direito de fazer tudo quanto desejar com as criaturas. A verdade do ponto de Paulo não depende de se humanos são exatamente como barro e vaso, mas de se Deus é o Criador e se os humanos são criaturas. Visto que Deus é o Criador e os humanos são deveras as criaturas, o ponto de Paulo no versículo permanece de pé.

Segundo, a objeção pressupõe falsamente que a responsabilidade pressupõe liberdade, e embora Paulo não a exponha diretamente, ele obtém o mesmo efeito respondendo à objeção da perspectiva dos direitos divinos versus direitos humanos. A objeção diz: “Então, por que Deus ainda nos culpa? Pois quem resiste à sua vontade?”. Paulo responde: “Deus tem o direito de fazer o que quiser com você, ou de fazer qualquer coisa de você, e ainda responsabilizá-lo. Mas você não tem o direito de questionar”. Isso refuta o calvinismo popular, que diz: “Deus tem o direito de mostrar misericórdia a quem ele quiser, mas ele meramente passa por cima dos réprobos, que se condenaram”. A resposta de Paulo é que criatura não tem o direito de questionar, mas que Deus tem o direito de fazer alguns em objetos de misericórdia e fazer outros nos objetos da ira. Ele não não passa por cima de ninguém.

Terceiro, a objeção se esqueceu de Deus. Fora da analogia, é verdade que os humanos são mais do que barro e vaso, mas então Deus é mais do que um oleiro!

Uma analogia é uma analogia, e uma analogia bem-sucedida só precisa mostrar seu ponto. A Escritura é perfeita e a analogia de Paulo é perfeita para o seu propósito. Ele ilustra que o oleiro divino tem o direito de moldar o barro humano em qualquer tipo de vaso e para qualquer propósito que ele escolha, e a criatura não tem o direito de protestar contra o Criador.

Mas uma analogia permanece uma analogia — ela não pretende representar cada aspecto dos objetos que ela ilustra. Ao apontar isso, a objeção procura proteger a liberdade humana. Contudo, não podemos afrouxar a analogia a favor de um objeto sem também fazer o mesmo para os outros objetos na mesma analogia; de outra forma, haveria uma tremenda distorção entre a relação desses objetos. Assim, se devemos nos desprender da analogia para considerar a verdadeira natureza do homem, então Deus também deve ser desprendido da analogia, para que possamos considerar sua verdadeira majestade e poder.

Ao contrário da expectativa do oponente, uma vez que afrouxamos a analogia, a situação se torna ainda pior para ele. Em vez de preservar a liberdade humana, a plena soberania de Deus é exposta e todas as limitações impostas ao “oleiro” são agora levantadas. Pela mesma razão mencionada quando discutimos sobre os robôs e fantoches, Deus tem muito mais controle sobre nós do que um oleiro humano tem sobre o barro e o vaso. Ao se desprender da analogia, a objeção se move para reivindicar a liberdade do homem, mas destrói todos os vestígios da liberdade humana e revela totalmente a soberania de Deus, um poder criador e dominante infinitamente maior do que qualquer oleiro humano pode exercer sobre pedaços de barro.

Quanto à responsabilidade moral, já abordamos o assunto. A verdade é que a responsabilidade moral pressupõe a soberania e o julgamento divinos, não a liberdade humana, e quanto mais soberano for Deus, mais certo o julgamento será. Quanto mais controle Deus tem sobre todas as coisas, mais responsabilidade moral é estabelecida. Como a soberania divina é absoluta, o julgamento divino é, portanto, certo — porque Deus é soberano, haverá um julgamento.

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[1] Veja Vincent Cheung, Systematic Theology, Ultimate Questions e Commentary on Ephesians.
[2] Pedro se refere ao corpo como uma “tabernáculo” que pode ser “deixado” (2 Pedro 1:13–14; também 2 Coríntios 5:4).
[3] Veja Vincent Cheung, “Faith to Move Mountains”.
[4] Veja Vincent Cheung, “Forced to Believe”. A. A. Hodge escreve: “Embora a absoluta origem de qualquer nova existência a partir do nada seja para nós confessadamente inconcebível, ela não é nem um pouco mais do que a relação do pré-conhecimento infinito, da pré-ordenação, ou do controle providencial de Deus com a livre agência do homem, nem mais do que muitas outras verdades que somos todos forçados a crer”.
[5] Como uma discussão de Romanos 9 implicaria, é bom usar uma analogia para ilustrar o controle de Deus sobre sua criação num sentido relativo, mas nenhuma analogia pode representar absolutamente o controle infinito de Deus sobre sua criação. O erro, portanto, não está em se usar uma analogia para ilustrar o controle de Deus, mas em se afirmar ou implicar que a analogia representa completamente o poder de Deus.
[6] Ao contrário do calvinismo popular, Paulo não diz: “Deus faz os vasos nobres dos vasos comuns”, ou “Deus faz os vasos nobres, e permite que os vasos comuns façam a si mesmos”, ou “Deus faz alguns do barro para vasos nobres, e passa por cima do restante dos vasos comuns pré-existentes”. Não, pelo contrário, Paulo diz: “Deus faz os vasos nobres e os vasos comuns do mesmo pedaço de barro”. Assim, essa passagem oferece apoio definitivo à reprovação incondicional e ativa, assim como ao supralapsarianismo. Não ajuda considerar o “barro” como já pecaminoso, visto que Paulo diz que Deus faz os vasos comuns dele. Ele não usa termos passivos como “permitir” ou “passar por cima”. Os réprobos não fazem a si mesmos. É Deus quem os faz, e ele os faz como réprobos.

Vincent Cheung. More Than a Potter, do livro The Author of Sin, pp. 101–106.
Traduzido por Luan Tavares em 14/08/2019.

Sobre o autor: Vincent Cheung é um pregador e escritor cristão. Ele e sua esposa moram nos Estados Unidos.
Site oficial: https://www.vincentcheung.com/

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Vincent Cheung é um pregador e escritor cristão. Ele e sua esposa moram nos Estados Unidos. “Tudo é possível ao que crê.” (Marcos 9:23)

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