Lagostas e Homossexuais
Em The Philosophy Gym, Stephen Law oferece o argumento muito usado de que se os cristãos se opõem à homossexualidade por causa do que a Bíblia diz, então eles também devem evitar comer lagosta, porque Levítico proíbe tanto a homossexualidade quanto a ingestão de frutos do mar.
Este é outro exemplo de que os não cristãos são estúpidos. Mesmo se a proibição contra frutos do mar com casca se aplica, o argumento ainda falha. Ele só poderia mostrar que os cristãos ainda são proibidos de comer lagosta e outros frutos do mar com casca, e aqueles que comem estão pecando contra Deus. Assim, mesmo que Stephen Law esteja certo sobre as lagostas, ele estaria provando apenas que muitos cristãos continuam pecando. Ainda não há argumento em favor da homossexualidade.
Suponha que um argumento demonstre que, se eu me oponho ao assassinato, também devo me opor às costeletas de cordeiro. Se eu continuar a comer costeletas de cordeiro, isso não tornaria aceitável cometer assassinato, mas isso significaria apenas que o assassino peca em sua matança, e eu peco em minha alimentação. Até uma criança pode entender isso, mas um professor de filosofia não cristão não entende.
No entanto, o argumento não pode sequer demonstrar que os cristãos são inconsistentes quando se trata de lagostas. Isso porque Stephen Law comete o erro amador de não interpretar a posição do oponente em seus próprios termos antes de se voltar contra ele. O erro expõe Stephen Law como um idiota total.
A proibição contra comer frutos do mar com casca era um distintivo cerimonial que terminava com a morte e ressurreição de Cristo, quando Deus ordenou que a verdadeira fé fosse agora ativamente pregada a todas as nações (Atos 10:9–16). Por outro lado, a lei de Deus considera a homossexualidade uma abominação moral e cerimonial. Ele não revoga essa condenação contra a homossexualidade no Novo Testamento, mas reforça-a em termos mais fortes (Romanos 1:26–27, 1 Coríntios 6:9–10).
Portanto, em vez de refutar os cristãos, Stephen Law se expõe a um lunático estúpido, descuidado e desonesto. Ele tem um doutorado em filosofia pela Universidade de Oxford e dá palestras sobre o assunto na Universidade de Londres. Assim, ele se torna outro exemplo de que mesmo os melhores eruditos não cristãos são os idiotas mais incompetentes deste mundo. Até mesmo um aluno do ensino fundamental poderia ter evitado esse erro ao procurar os versículos em um comentário, mas um professor de filosofia que escrevesse um livro para publicação comercial não poderia nem mesmo fazer isso.
Todos os não cristãos são idiotas. Muitos cristãos se recusam a dizer isso porque têm um péssimo respeito pelos eruditos não cristãos e um falso conceito de gentileza cristã. Ao se recusarem a declarar que todos os não cristãos são estúpidos, eles negaram um aspecto importante da fé cristã. A mensagem bíblica é que o homem é ao mesmo tempo pecador e estúpido sem Cristo. Portanto, aqueles que negam que os não cristãos são estúpidos também negam que Cristo nos salva tanto da nossa maldade quanto da nossa tolice. Isto implica que nós éramos intelectualmente suficientes sem a salvação de Cristo, e que precisávamos da sua salvação apenas da nossa pecaminosidade. Esta é uma negação da obra salvadora de Cristo e equivale à blasfêmia.
Vincent Cheung. Lobsters and Homosexuals, do livro Doctrine and Obedience, pp. 70–71. Traduzido por Luan Tavares em 13/08/2019.
Sobre o autor: Vincent Cheung é um pregador e escritor cristão. Ele e sua esposa moram nos Estados Unidos.
Site oficial: https://www.vincentcheung.com/