Cessacionistas como Assassinos em Massa

As Obras de Vincent Cheung
6 min readMay 15, 2021

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Às vezes as pessoas argumentam contra a cura bíblica usando como referência os casos de presunção. A alegação seria que alguns que insistiram em receber a cura de Deus e recusaram a assistência médica, posteriormente, suas condições pioraram, e outros até morreram. Mas o que isso tem a ver com a doutrina bíblica da cura? Como sabemos se essas pessoas realmente tiveram fé? Nos casos em que eu examinei, as pessoas que acabaram prejudicadas nunca entenderam aquilo que foi ensinado sobre a cura, ou nunca praticaram aquilo que foi ensinado. Em alguns casos, elas foram, de fato, ensinadas uma doutrina incorreta, mas isso é irrelevante, pois elas não seguiram nem mesmo a versão errada. As pessoas foram levadas a pensar sobre o assunto pelo que ouviram, mas geralmente agiam de acordo com suas próprias ideias.

Aqueles que argumentam contra a cura dessa forma empregam a mesma tática dos repórteres que manipulam o público fazendo histórias de “interesse humano”, nas quais se focam em indivíduos específicos para fazer uma observação sobre políticas gerais. Esses indivíduos podem estar se afogando em problemas supostamente devido a ideologias e regulamentos aos quais os repórteres desejam se opor. Alguns repórteres tentaram minar a cura bíblica com esse método. Eles usam histórias de interesse humano na tentativa de manipular a opinião pública e, se possível, a doutrina cristã. O método tenta contornar a investigação racional e atacar com críticas emocionais. Esse truque é para o playground intelectual. É para crianças. Mesmo assim, os cristãos caem nessa e fazem a mesma coisa. Mas os cristãos não devem usar métodos dissimulados para influenciar as pessoas.

Uma história pode servir de ilustração junto com um argumento, mas nunca é um substituto para um argumento. Os repórteres, os caçadores de heresia e os observadores de culto estão ansiosos para minar a doutrina bíblica da cura em primeiro lugar. Eles raramente tentam entender o que a Bíblia ensina sobre o assunto, então tentam apreciar o que os ministérios-alvo ensinam sobre isso, e então tentam investigar se os enfermos realmente compreenderam e praticaram o ensino. Em vez disso, eles procuram resultados trágicos — procuram histórias — apoderam-se delas e atribuem a culpa aos pregadores ou às doutrinas que desejam derrubar. Isso é considerado racional e científico. Supõe-se que isto seja um bom relatório e uma boa pregação.

Se a doutrina da cura estiver errada, não precisamos de histórias para reforçar esse ponto. Ela estaria errada sem histórias trágicas. No entanto, se a doutrina da cura está certa e vem de Deus, então as histórias não a refutam. Na verdade, se a doutrina estiver correta, então a primeira suposição deve ser que sempre que ela parece falhar, a pessoa nunca acreditou nela ou nunca a praticou. Não deveria ser essa a suposição inicial em cada caso, pelo menos se você for cristão? Se houver motivos mais sutis, ainda podemos descobrir, mas se você jogar tudo fora, nunca dará o primeiro passo para entender. É uma abordagem de avestruz à teologia. Este é um raciocínio simples do evangelho. Se um membro da igreja foi enviado para o inferno, os caçadores de heresia e observadores de culto denunciariam o sangue de Cristo e concluiriam que não existe salvação, ou diriam que a pessoa nunca realmente creu em Cristo, mas que ele apenas agiu como um crente?

Suponha, com zero garantia bíblica, que você especula que uma pessoa teria se recuperado se tivesse rejeitado a doutrina da cura, ou se não tivesse afirmado que acreditava nela (já que provavelmente não acreditava realmente nela). Então, com muita garantia bíblica, eu declararia que milhares e milhares de milhares de pessoas teriam sobrevivido se pessoas como você tivessem pregado a doutrina bíblica da cura, que Jesus Cristo levou nossas enfermidades e carregou nossas doenças, e que a oração da fé deve curar os enfermos. Você se apega a um resultado e especula sobre toda uma doutrina, quando a pessoa provavelmente não acreditava ou praticava a doutrina, quando a doutrina ensinada era provavelmente diferente daquela na Escritura, ou quando o resultado pode nem ter nada a ver com a doutrina.

Por outro lado, eu uso a doutrina de Deus e faço uma aplicação dedutiva. Se a Bíblia ensina o arrependimento, e se você se recusa a ensinar o arrependimento a um pecador, então o sangue dele está em suas mãos, mesmo que ele não tivesse se arrependido. Seu abandono do dever é, por si só, base suficiente para atribuir a você a culpa pela condenação do pecador. O próprio Deus explicou isso (Ezequiel 33:1–9). Da mesma forma, se a Bíblia ensina cura, e se você se recusa a ensinar cura a uma pessoa doente, então a morte dela está em suas mãos, mesmo que ela não tenha acreditado ou se recuperado. Seu abandono do dever é, por si só, base suficiente para atribuir a você a culpa pela morte do doente. Dessa perspectiva, os cessacionistas são assassinos em massa. Os caçadores de heresia e observadores de culto que se recusam a ensinar sobre cura e que minam a doutrina da cura são assassinos em massa. Esta é uma aplicação direta de um princípio bíblico. Não envolve especulação, porque é irrelevante se algum deles teria sido curado, visto que o pecado é deixar de falar às pessoas sobre a cura e orar pela cura delas.

Qualquer um que tem a responsabilidade e oportunidade de ensinar sobre Jesus Cristo, mas que não ensina sobre a cura, ou mesmo ensina contra ela, é um assassino em massa. E qualquer um que use anedotas para minar a doutrina é um religioso sangrento que explora o sofrimento das pessoas para promover sua agenda teológica. Ele é o pior tipo de escória. Para cada um que morreu por causa de uma distorção da doutrina, ou por causa de outra coisa não relacionada à doutrina, quantas centenas de milhares morreram porque os cristãos se recusam a ensinar a doutrina, e a ensiná-la corretamente? Além disso, para todos os que morreram, quantos teriam sido curados, até mesmo chamados de volta da beira da sepultura, porque alguns cristãos pregaram sobre a cura e oraram pelos enfermos, como Jesus ordenou? Qualquer um que menciona abusos para desacreditar a doutrina condena a si mesmo. Se distorções e mal-entendidos resultaram em danos, a solução não é descartar a doutrina, mas ensiná-la correta e constantemente.

Você quer culpar alguém que pregou a cura por uma morte? Dez? Cinquenta? Vou culpar você e sua espécie pelas mortes de milhares e milhares e milhares e milhares e milhares de pessoas enfermas que você poderia ter ajudado com a verdadeira doutrina bíblica de cura. Se você não gosta desse tipo de atenção, então não comece uma luta que não pode vencer. Não culpe alguém que pregou cura. Talvez o doente tenha morrido porque VOCÊ não pregou a cura para ele! Até isso foi culpa SUA! E enquanto você recusar a doutrina, posso culpá-lo por cada pessoa que adoece e morre.

Antes de dizer uma palavra sobre Tom Jones da Flórida ou Megan Smith do Alasca, sobre como eles foram enganados pelo Reverendo Me-Dê-Dinheiro, primeiro saia daquela montanha de cadáveres. O quê? Você ainda quer discutir? Não podemos nem ouvi-lo com todos aqueles cadáveres em cima de você. Para cada caso em que você culpar o ensino da cura, eu irei culpá-lo por cada pessoa que morre de doença porque você não fez a sua parte. Olha, você acabou de matar outro. E… lá vai outro. O sangue deles está em suas mãos. A Bíblia de fato ensina uma doutrina de cura milagrosa. Se você não a ensina, não pode se dar ao luxo de jogar este jogo. Saia ou seja enterrado.

Vincent Cheung. Cessationists as Mass Murderers. Disponível em Sermonettes — Volume 9 (2016), pp. 73–75. Tradução: Luan Tavares (20/09/2019).

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Written by As Obras de Vincent Cheung

Vincent Cheung é um pregador e escritor cristão. Ele e sua esposa moram nos Estados Unidos. “Tudo é possível ao que crê.” (Marcos 9:23)

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