A Arma da Soberania Divina
Vincent Cheung, Trace (2018).
Suponha que você tenha em sua mão a arma mais poderosa que existe, capaz de demolir todas as forças combinadas do universo com o pressionar de um botão. A coisa mais estúpida que você pode fazer é apontá-la para o seu próprio rosto e, em seguida, tentar pressionar o botão várias vezes. Mas é isso que os cristãos têm feito com a doutrina da soberania de Deus ao longo dos séculos. Nenhum inimigo pode esperar sobreviver contra esta arma. A única maneira é manipular a pessoa para apontar para si mesma. E, exceto por várias concessões simbólicas para evitar alarme, o diabo tem alcançado sucesso quase completo em fazer isso ao longo da história da igreja.
Deus nos revelou a doutrina da soberania divina, e os cristãos a têm usado para se ferir, se amedrontar e se limitar. Pior, os cristãos apontaram a doutrina para o próprio Deus e a usaram para erradicar suas próprias promessas e mandamentos. Através de uma aliança, assinada e ratificada pelo sangue de seu próprio Filho, o Deus Soberano nos garantiu visões, sonhos, profecias, curas milagrosas, provisão material, poder espiritual, vitória total e muitas outras coisas. Podemos usar a doutrina para aumentar a fé, reverter a derrota e superar o sofrimento. Podemos usá-la para anunciar que Deus fará por nós ainda mais do que pedimos ou pensamos.
O sucesso é o nosso destino. O poder é o nosso destino. A cura é o nosso destino. A profecia é o nosso destino. Nosso destino é pregar o evangelho com poder esmagador e realizar os mesmos milagres que Jesus fez, e milagres ainda maiores, para que Deus seja glorificado dando-nos tudo o que pedimos em nome de Cristo. Mas os cristãos geralmente usam a doutrina para declarar que Deus usaria sua soberania para produzir coisas que vão contra o que pedimos ou pensamos, e até mesmo contra sua própria palavra. A predestinação é frequentemente usada como desculpa para a incredulidade e o fracasso, e “a vontade de Deus” é usada para evitar a culpa. Este engano satânico foi codificado em livros históricos e credos e consagrado como ortodoxia em igrejas e denominações.
Vincent Cheung. The Weapon of Divine Sovereignty. Disponível em Trace (2018), p. 91. Tradução: Luan Tavares (18/06/2021).
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